Não pensei muito na qualidade das imagens que tenho captado até aqui. Algumas vezes eu simplesmente encostei o celular na parede e gravei a proposta do dia. Depois comecei usar tripé e uma outra câmera. De forma um pouco ingênua, estava pensando que as imagens "aconteciam", como um olhar pelo buraco da fechadura, como se eu não soubesse que alguém estava me olhando. Na realidade isso nunca aconteceu. Sempre existiu uma expetativa. As câmeras são os olhares para o que estou fazendo no apartamento.
O prof. Junior Romanini está encorajando a turma a ações de vídeo e foto performance. Mesmo sem ter planejado muito os meus vídeos, retirei um trecho da Performance 3 do dia 12 de maio. Estou pensando nas fotos como print de tela, formando sequencias que me interessam, novas formas de ver e mostrar.
Mudei as dimensões do vídeo. Testes sem muito estudo de proporção.
A ideia é aprender a pensar sobre os vídeos, sobre fotos e prints de tela, imaginar, estudar o que se quer da imagem. Agora, analisar sobre outras perspectivas os vídeos de registro de processo. Qual história penso contar na edição?
Abaixo uma primeira tentativa. Destaco que cruzo o corredor de outra forma. Não atravessei aqui pensando como início e fim da memória, mas sim, quais as margens do que recordo, aqui, recorto. Tentando ver poesia no movimento. Chamei o trecho de Margens da Memória.