Desde quarta-feira eu estou estudando com a Milla Derzett e demais professores que compõe o grupo de sua escola. A Milla desenvolveu um método de yoga restaurativo brasileiro. Ela mescla seus conhecimentos de yoga, psicologia, medicina mente e corpo, budismo e experiencias lindas, de estudo e de vida, que ela relata ao longo das aulas. Estou experimentando seu acolhimento, seus conceitos e práticas desde o início do ano. Participei do protocolo SER, meditação deitada e agora estou aprendendo sobre o método restaurativo.
A meditação deitada entrou como regra no meu trabalho no corredor. Agora estou estudando mais um pouco sobre outras posturas, também deitadas, para restauração. Assimilando para praticar na vida e estudos (pois no momento as duas coisas são inseparáveis).
Tenho acolhido a informação básica de que meditação é prática de auto-observação. É se observar com respeito e deixar isso fluir para as outras relações. Reflito todo o tempo sobre as pausas e movimentos lentos nas artes da presença.
Estou percebendo, depois de várias aulas e meditações que restaurar é encontrar no descanso um ser que se acolhe com generosidade. Nem sempre as imagens ou memórias que o corpo entra em contato na meditação são confortáveis. Procuro ser generosa comigo como seria com uma pessoa que me pede algum tipo de ajuda.
Na foto acima você pode ver algumas mantas que utilizo para fazer ninhos para meu corpo. Aninho cabeça, pés, mãos, costas, fica tudo fofinho e gostoso como um abraço. Passarinha afofando o ninho. Faz um bem danado nesse tempo de distanciamento social e de poucos abraços.
Acabei de sair de uma prática, estou com movimentos lentos sobre o teclado, estou percebendo minha respiração e as batidas do meu coração. Recebo os sons que me envolvem.
Leve. Devagar.
Durante a meditação eu me vi no corredor, sentada num sofá. Vi o telefone vermelho, o fio na parede. Senti o sofá com o encosto apoiado no chão e o assento na parede. Estava com as costas no encosto e as pernas para cima. Senti um deslocamento do móvel. Explico aqui com muitas palavras. O que vi foi um flash, um sensação agradável, mas poderia não ser, poderia ser estranha. Quase como na foto abaixo. Mas com os cabelos jogados nas lajotas.
No fim de tudo, soa o sino com delicadeza. Retomo e me recordo de uma música que escrevi com a minha prima Mara Beatriz, a Bia. A letra fala de ideias que correm nos livros da velha estante da sala e sobre deitar no chão frio e duro de pedra e deixar as ideias escorrerem no chão. Eu não me lembrava mais dessa música, mas aqui na minha mente ela tem uma pegada anos 80, ouço até os pratos da bateria da época.
Eu só queria contar dos encontros que a meditação do método restaurativo me propiciam e colaboram com os processos de criação do corredor, minha pesquisa de mestrado em artes da cena.
Se quiser conhecer a Milla e o método, uma porta é o Instagram @yogarestaurativa_oficial . Outras portas são os livros que coloco aqui em outra postagem.
Se quiser experimentar a meditação deitada, pode me chamar. Será uma alegria te apresentar como fazer e te orientar como se acolher.