Não sei se o sonho mistura, libera ou se o sonho cola as coisas. O que sei é que hoje eu sonhei com uma personagem que criei nos últimos meses. A vizinha do 32. Posso escrever aqui o sonho, criar um texto poético sobre ele, mas vou deixar para outro dia. Ou deixar pra lá.
Eu me dei conta que a pesquisa artística está de fato instaurada. Quando os pesadelos começam a chegar, o corpo todo já foi tomado. Dormimos e continuamos resignificando nossos desejos, nossas dores.
Sei que, no sonho, a Covid-19 também apareceu, junto com um abraço que não deveria ter acontecido. Isso é minha vida que interfere na pesquisa. É a vida de todos nós.
A vizinha apareceu. Uma mulher que nunca vi, que tinha um cachorro desconhecido e que nada era parecido com nada que minha memória se recorda. Eu tento me lembrar quem morava lá quando eu era criança. Não me recordo.
Bom, era isso. Sigo pesquisando. E que os sonhos continuem me rondando!