- Espere eu acabar de fumar.
- Mas você não estava parando?
- Isso não importa.
Saí, fui até o janelão que estava aberto. Olhei para os lados, reparei que o Júlio não estava olhando. Acabei o cigarro acendendo outro. O fato é que acender o cigarro foi a forma que enrolei para ficar mais um pouco. Parece que o Júlio ficou preso na conversa sobre games antigos com a Carlota. Não tem uma vez que os dois se encontram que não começam a falar super-nomes que não entendo. Agora ela foi buscar algum jogo no quarto e já sei que vamos ficar mais algum tempo. Descansei os braços na janela e só fumei. O trólebus passa, deve ser o último da madrugada.
Entrou na sala com um jogo de tabuleiro, chamando todo mundo para a brincadeira. Olhei de longe. O gato marrom se esfregou na minha perna. Do lado de lá, os cinco começaram a jogar, do lado de cá, fiquei com o gato e o Luis.
Olhava de longe, o tabuleiro na mesa e as lajotas do corredor começaram a se abrir. Sentei no chão, no almofadão amarelo. Alguém gritava um número dos dados e meu olhar caminhava. O Luis pescou o que eu estava fazendo e se aproximou. Começamos a jogar.
(continua...)